Olá a todos! Como (provavelmente) vocês repararam o blog ultimamente carregava muito devagar e por isso eu decidi tirar algum tempo livre e tentar melhorar isso. O resultado deu certinho, o blog agora carrega mais rápido e assim facilita a navegação. Espero que gostem do visual e do conteúdo, se quiserem dar-me umas dicas me mande um mail para el.maxim.st@gmail.com
Tenho uma ideia muito boa que queria por em prática aqui no blog e é a seguinte: Que tal eu meter aqui todas as semanas uma música de guitarra fingerstyle, e a cada mês vocês votarem na que mais gostaram? Vou começar já na semana que vem, a primeira semana de Abril.(ah, e isso não tem nada a ver com o 1 de Abril. rsrsrsrrs)
quarta-feira, 31 de março de 2010
Três tablaturas para Guitar Pro
Deixo aqui mais três músicas para quem gosta de tocar algo relaxante, para ser mais específico no arquivo tem as seguintes músicas:
- Air on a G string - Johann Sebastian Bach
- Swan lake - Tchaikovsky, Pioter Ilych
- Tema do filme "A Lista de Schindler"
segunda-feira, 29 de março de 2010
Deixo aqui uma mensagem sobre a história da Guitarra Clássica
A guitarra teve a sua origem, provavelmente, no Egipto acerca de 3000 anos atrás. Pensa-se que é um instrumento proveniente dos antigos Alaúdes e das Vihuelas. A guitarra espalhou -se rapidamente por vários países da Europa, mas foi na Espanha, em Andaluzia, que a guitarra atingiu grande popularidade e foi aqui também que se desenvolveu a arte de construir guitarras.
A guitarra ao longo dos tempos foi sofrendo várias alterações ao nível da forma e design. Foi António Torres Jurado o mais célebre Luthier de sempre, que se destacou com as suas inovações na arte de construir guitarras, e que mais tarde deu origem à Escola Espanhola de Luthiers por meados do fim do século XIX.
A guitarra ao longo dos tempos foi sofrendo várias alterações ao nível da forma e design. Foi António Torres Jurado o mais célebre Luthier de sempre, que se destacou com as suas inovações na arte de construir guitarras, e que mais tarde deu origem à Escola Espanhola de Luthiers por meados do fim do século XIX.
A guitarra torna-se, no século XX, um dos mais populares instrumentos musicais, sendo utilizada nos mais variados géneros musicais.
A guitarra, conhecida como viola ou violão na linguagem comum, é um cordofone de corda dedilhada. Possui um corpo largo e uma caixa de ressonância em forma de oito e no tampo encontra-se um orifício circular chamado a boca. A guitarra clássica tem seis cordas com a afinação Mi 1, Lá 1, Ré 2, Sol 2, Sí 2 e Mi 3, sendo o comprimento de corda mais usado de 65 cm. As cordas estendem-se ao longo da escala e do corpo e encontram-se "atadas" directamente na ponte.
A guitarra, conhecida como viola ou violão na linguagem comum, é um cordofone de corda dedilhada. Possui um corpo largo e uma caixa de ressonância em forma de oito e no tampo encontra-se um orifício circular chamado a boca. A guitarra clássica tem seis cordas com a afinação Mi 1, Lá 1, Ré 2, Sol 2, Sí 2 e Mi 3, sendo o comprimento de corda mais usado de 65 cm. As cordas estendem-se ao longo da escala e do corpo e encontram-se "atadas" directamente na ponte.
As três cordas mais graves são feitas de nylon com fieira de cobre, as três mais agudas são feitas de nylon. Ao longo do braço estende-se a escala, esta encontra-se dividida por trastos metálicos que delimitam intervalos de meio-tom temperado.
A extensão da guitarra vai de Mi 1 a Si 4 e, na partitura, a música para guitarra é escrita uma oitava acima do som real do instrumento, o que permite o uso da clave de sol.
Constituição da Guitarra Clássica :
domingo, 21 de março de 2010
Pioneiro da guitarra elétrica, Les Paul morre nos EUA
O músico e guitarrista Les Paul, um dos pioneiros no desenvolvimento da guitarra elétrica e dono de uma marca de instrumentos com seu nome, morreu hoje aos 94 anos, por conta de uma pneumonia, informou o Hospital White Plains, em Nova York.
Além da guitarra elétrica, Les Paul, cujo nome real é Lester William Polfus, inventou o sistema de gravação múltipla, que permite ao artista gravar o som de vários instrumentos em momentos diferentes e depois formar a música em estúdio, o que é considerado um marco na história do rock''n''roll e um fator crucial na evolução do gênero musical.
Les Paul era conhecido por fazer suas guitarras personalizadas, com as quais presenteou muitos músicos influentes, com o ex-Beatle Paul McCartney. A Gibson Les Paul e suas variantes, a mais famosa guitarra do mundo, foi e ainda é usada por músicos de bandas de grande importância para o rock.
Além da guitarra elétrica, Les Paul, cujo nome real é Lester William Polfus, inventou o sistema de gravação múltipla, que permite ao artista gravar o som de vários instrumentos em momentos diferentes e depois formar a música em estúdio, o que é considerado um marco na história do rock''n''roll e um fator crucial na evolução do gênero musical.
Les Paul era conhecido por fazer suas guitarras personalizadas, com as quais presenteou muitos músicos influentes, com o ex-Beatle Paul McCartney. A Gibson Les Paul e suas variantes, a mais famosa guitarra do mundo, foi e ainda é usada por músicos de bandas de grande importância para o rock.
Les Paul, um dos inventores da guitarra eléctrica
Les Paul, um dos inventores da guitarra elétrica, morreu aos 94 anos em Nova York, em decorrência de complicações causadas por pneumonia, declarou nesta quinta-feira um comunicado da Gibson, empresa que vendia seus instrumentos.
O modelo Les Paul da Gibson é considerado um dos mais icônicos da história da música moderna e é associado à imagem de alguns dos guitarristas mais importantes do rock, como Jimmy Page do Led Zeppelin, Pete Towshend do The Who e Slash do Guns N'Roses.
"Les Paul foi um exemplo brilhante de como a vida de uma pessoa pode ser intensa. Ele era tão brilhante e cheio de energia positiva. Estou honrado por ter podido tocar com ele algumas vezes nestes anos", disse Slash.
O presidente da Gibson Guitar, Dave Berryman, disse que "como pai da guitarra elétrica, ele não foi apenas um dos maiores inovadores do mundo, mas uma lenda que criou, inspirou e contribuiu para o sucesso de músicos em todo o mundo".
Inovador
Descontente com as limitações dos violões, Les Paul começou a experimentar com a amplificação de guitarras aos 13 anos, em 1928, ao colocar um receptor telefônico sob as cordas do instrumento.
Ele criou seu primeiro protótipo de guitarra em 1941. Mais tarde declarou: "levei o instrumento a uma casa noturna e a toquei. Obviamente, todos me rotularam de maluco".
A guitarra elétrica propriamente dita chegou ao mercado em 1952, época em que o rival, Leo Fender, estava terminando de desenvolver a Telecaster.
A estrutura da guitarra mudou pouco desde os anos 50.
Mas Les Paul criou também o gravador de multicanais, responsável pela sobreposição de pistas de gravação. A invenção criou uma revolução na indústria fonográfica.
Como músico, Les Paul chegou às paradas de sucesso em parceria com a esposa, Mary Ford, conseguindo atingir seu topo por 11 vezes nos EUA, conquistando 36 discos de ouro.
Ele ingressou no Hall da Fama do Grammy em 1978 e no Rock 'n' Roll Hall of Fame, 10 anos depois. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.Retirado de: Estadao
O modelo Les Paul da Gibson é considerado um dos mais icônicos da história da música moderna e é associado à imagem de alguns dos guitarristas mais importantes do rock, como Jimmy Page do Led Zeppelin, Pete Towshend do The Who e Slash do Guns N'Roses.
"Les Paul foi um exemplo brilhante de como a vida de uma pessoa pode ser intensa. Ele era tão brilhante e cheio de energia positiva. Estou honrado por ter podido tocar com ele algumas vezes nestes anos", disse Slash.
O presidente da Gibson Guitar, Dave Berryman, disse que "como pai da guitarra elétrica, ele não foi apenas um dos maiores inovadores do mundo, mas uma lenda que criou, inspirou e contribuiu para o sucesso de músicos em todo o mundo".
Inovador
Descontente com as limitações dos violões, Les Paul começou a experimentar com a amplificação de guitarras aos 13 anos, em 1928, ao colocar um receptor telefônico sob as cordas do instrumento.
Ele criou seu primeiro protótipo de guitarra em 1941. Mais tarde declarou: "levei o instrumento a uma casa noturna e a toquei. Obviamente, todos me rotularam de maluco".
A guitarra elétrica propriamente dita chegou ao mercado em 1952, época em que o rival, Leo Fender, estava terminando de desenvolver a Telecaster.
A estrutura da guitarra mudou pouco desde os anos 50.
Mas Les Paul criou também o gravador de multicanais, responsável pela sobreposição de pistas de gravação. A invenção criou uma revolução na indústria fonográfica.
Como músico, Les Paul chegou às paradas de sucesso em parceria com a esposa, Mary Ford, conseguindo atingir seu topo por 11 vezes nos EUA, conquistando 36 discos de ouro.
Ele ingressou no Hall da Fama do Grammy em 1978 e no Rock 'n' Roll Hall of Fame, 10 anos depois. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.Retirado de: Estadao
sexta-feira, 12 de março de 2010
Construção da guitarra
Veja como a guitarra Clássica é construída neste post super interessante sobre todos os detalhes. Por exemplo: já se perguntou porque que a guitarra tem a forma que tem? Descubra

Em seguida, cola-se o vergueiro no tampo da guitarra fixando-o com umas molas de ferro para consolidar a colagem. O vergueiro vai permitir mais tarde a junção das ilhargas bem como conferir rigidez à caixa de ressonância. Nesta altura também se cola o braço no tampo utilizando novamente as molas de ferro.
Entretanto constroem-se as sanefas que são barras finas de madeira macia que vão ser coladas nas ilhargas e vão servir de suporte às costas da guitarra. Para dar forma às sanefas é necessário tornar a madeira mais maleável utilizando uma lima para se dar pancadas na sanefa de forma a "estalar".
Entretanto constroem-se também as travessas que são barras de madeira macia, com os seus extremos oblíquos e com a base de colagem larga. A parte de cima das travessas deve ser o mais fina possível para não "criar barreira" às ondas sonoras. As travessas podem ser duas ou três. A primeira serve de reforço à escala e asegunda e terceira servem de reforço à boca. Nesta altura colam-se as barras harmónicas, as travessas, as sanefas e os suportes das travessas do tampo. Estas últimas são barras de madeira que se colocam verticalmente entre as travessas e as sanefas. Entretanto dá - se a seguinte forma às barras harmónicas já coladas no tampo:
Com uma serra eléctrica abre-se uma ranhura no tampo onde vai encaixar o embutido. Este é constituído por três finas folhas de madeira dupla (pretas e brancas);é utilizada cola de madeira e um martelo para martelar suavemente as folhas de madeira de forma a estas entrarem à pressão nas ranhuras abertas no tampo.
A escala é uma placa de madeira, geralmente Pau Preto, que é cortada e ajustada ao braço. Antes de se colar a escala no braço, este tem que ser "desempenado" para acentar de uma forma perfeita e acertar a parte final da escala com a boca da guitarra. Só então se cola a escala com cola de madeira e utilizam-se cordas e cunhas para reforçar o contacto da escala com o braço durante a secagem.
Agora é altura de "fazer o braço e a alpatilha". Esta fase consiste em esculpir na madeira a forma circular na parte traseira do braço e acertar a sua espessura assim como a forma da alpatilha (da parte que fica de fora da caixa de ressonância - quilha). Depois de se ter dado a forma ao braço, este tem que ser lixado para eliminar rugosidades que possam ter ficado; a cabeça também é lixada e os buracos onde se vão encaixar os carrilhões são limados.
A escala terá que ser desempenada, mas terá que ficar com uma ligeira curva que depois se endireita quando se colocarem os trastos devido à pressão que estes exercem sobre a escala. Com uma régua marca-se o local exacto dos trastos. A colocação dos trastos tem que obedecer à Regra dos Dezoito . Depois de marcada a localização dos trastos, afundam-se as ranhuras utilizando uma pequena serra manual. Para facilitar os movimentos da serra e obter umas ranhuras mais perfeitas unta-se a lâmina com sabão, e depois com uma lixa de água lixa-se a escala.
Os trastos são provenientes de um longo fio de metal em forma de "T" que são encaixados à pressão nas ranhuras abertas na escala. Para isso utiliza-se um martelo. Depois de colocados os trastos, são cortados e limados para evitar ranhuras indesejáveis. Os trastos são comprados na Alemanha e existem várias medidas para diversos instrumentos.
Em que :
X - espaço do trasto
d - Distância do último trasto à ponteOutro problema presente neste instrumento, é que quando premimos uma corda contra o trasto estamos a aumentar ligeiramente a tensão da corda. Este efeito é mais evidente nas guitarras de cordas de aço que nas de nylon. Assim, as notas obtidas nos trastos tendem a ser ligeiramente mais agudas do que quando obtidas numa corda solta. Quanto maior for o espaço, em altura, entre a corda e o trasto (ou seja a escala), maior será o efeito de Sharpening. Para compensar esta alteração de tensão das cordas, provocada pela digitação das notas nos trastos, a distância do pente à ponte é tornada ligeiramente maior do que o comprimento da escala usada para determinar o espaçamento dos trastos. Este pequeno comprimento extra é chamado de "string compensation" (compensação da corda), e está compreendido entre 1 a 5 mm.
Uma
das primeiras questões que podem surgir quando se pensa na construção de uma guitarra está relacionada com o tipo ou espécie de madeira a utilizar. Esta escolha depende da qualidade do instrumento que se pretende construir; há madeiras que se utilizam especificamente para determinadas partes ou peças da guitarra, que serão mencionadas no decorrer deste estudo.
O processo da construção da guitarra começa pelo tampo. Este é constituído por duas placas de madeira, geralmente Cedro Canadiano, Tília ou Pinho Flandres, que são aparadas de forma a encostarem de uma forma perfeita uma na outra, e através da Tábua de Juntar (tábua específica dos Violeiros) são emendadas, utilizando cola de madeira na junção das duas.
O processo da construção da guitarra começa pelo tampo. Este é constituído por duas placas de madeira, geralmente Cedro Canadiano, Tília ou Pinho Flandres, que são aparadas de forma a encostarem de uma forma perfeita uma na outra, e através da Tábua de Juntar (tábua específica dos Violeiros) são emendadas, utilizando cola de madeira na junção das duas.
As duas placas são prensadas através de cordas e talas de madeira de forma a exercer força sobre as duas placas durante o tempo de secagem da cola. Depois deste processo, o tampo é lixado de forma a não se notar a zona de colagem das duas placas. Na placa resultante vai então ser riscada a forma do corpo da guitarra, para isso, utiliza-se um molde. Em seguida, a placa de madeira é cortada numa máquina chamada Tico-Tico Manual e daí resulta o tampo já com a forma do corpo da guitarra. Nesta fase limpa-se a madeira e acerta-se a espessura com uma máquina chamada Lixadeira. A espessura do tampo é cerca de 3 mm. . Nesta fase, é importante deixar uma margem a mais na espessura do tampo para quando se colocar o embutido se poder lixar novamente o tampo sem ultrapassar a espessura limite deste. Em seguida, fazem-se as marcações do local exacto onde será colocada a roseta com um compasso de metal.
Depois de cravada a forma da roseta no tampo, retira-se um pouco de madeira com um formão de forma a criar um pequeno afundamento no tampo, onde vai encaixar a roseta. Utilizando cola de madeira cola-se a roseta no seu respectivo encaixe, esta terá que secar durante duas a três horas até que se possa lixar e retirar a cola em excesso e acertar ou planar a altura da madeira da roseta em relação à do tampo. O próximo passo será a abertura do orifício da boca. Com o compasso metálico prensa-se a forma da boca e abre-se um pequeno furo na madeira por onde vai entrar a serra do Tico-Tico Eléctrico (máquina com mais precisão que o Tico-Tico Manual) que retira um pedaço de madeira em forma de roda, ficando assim aberto o orifício da boca.
Entretanto começa-se a trabalhar no braço da guitarra. Este é comprado a um fornecedor especializado e vem com a forma que podemos ver na próxima figura. A madeira utilizada é Mogno Brasileiro.
Na parte superior do braço encontramos um plano de madeira com uma ligeira inclinação, que vai dar origem à cabeça da guitarra. Esta é construída utilizando um molde específico. Na parte inferior do braço encontramos a alpatilha, esta parte vai ficar encaixada no interior da caixa de ressonância.
Depois de acertada a madeira da alpatilha e antes de colar o braço no tampo, riscam-se as barras harmónicas na parte interior do tampo. Estas barras são responsáveis pela projecção e rentabilização da sonoridade do instrumento.
Existem vários modelos de barras harmónicas:
Em seguida, cola-se o vergueiro no tampo da guitarra fixando-o com umas molas de ferro para consolidar a colagem. O vergueiro vai permitir mais tarde a junção das ilhargas bem como conferir rigidez à caixa de ressonância. Nesta altura também se cola o braço no tampo utilizando novamente as molas de ferro.
Nesta altura começa-se a trabalhar nas ilhargas que são duas barras de madeira (geralmente Mogno, Nogueira ou Pau Santo), que estabelecem a ligação entre o tampo e as costas da guitarra. As ilhargas têm a espessura de 2 mm mas depois de trabalhadas ficam com 1,5 mm de espessura.
As ilhargas são acertadas no tamanho, lixadas e "vergadas" através de calor, utilizando o Farol (espécie de um forno que aquece as paredes de um tubo metálico onde vão ser dobradas as ilhargas), de modo a encaixarem na forma do molde e no tampo. Depois das ilhargas dobradas é necessário atá-las rapidamente com cordas para estas não perderem a forma que lhes foi dada enquanto arrefecem.
Entretanto cortam-se os escantilhões, pequenos triângulos de madeira que vão reforçar a colagem entre as ilhargas e o tampo e também vão provocar uma maior difusão sonora dentro da caixa de ressonância. As ilhargas, por sua vez, vão servir de suporte ao tampo quando se abrirem as ranhuras dos embutidos. Depois das ilhargas arrefecerem e serem retiradas as cordas que estavam a sustentar a sua forma, têm que ser coladas imediatamente no tampo, no vergueiro e na parte interior do braço, para evitar que estas se deformem. Para assegurar uma boa colagem utilizam-se várias molas de ferro que vão exercer força sobre as superfícies a colar. Nesta altura também se colam os escantilhões, sendo necessário cerca de uma hora para garantir uma boa colagem.
Entretanto constroem-se as sanefas que são barras finas de madeira macia que vão ser coladas nas ilhargas e vão servir de suporte às costas da guitarra. Para dar forma às sanefas é necessário tornar a madeira mais maleável utilizando uma lima para se dar pancadas na sanefa de forma a "estalar".
Entretanto constroem-se também as travessas que são barras de madeira macia, com os seus extremos oblíquos e com a base de colagem larga. A parte de cima das travessas deve ser o mais fina possível para não "criar barreira" às ondas sonoras. As travessas podem ser duas ou três. A primeira serve de reforço à escala e asegunda e terceira servem de reforço à boca. Nesta altura colam-se as barras harmónicas, as travessas, as sanefas e os suportes das travessas do tampo. Estas últimas são barras de madeira que se colocam verticalmente entre as travessas e as sanefas. Entretanto dá - se a seguinte forma às barras harmónicas já coladas no tampo:
Nesta fase "desempena-se" a caixa, ou seja, acerta-se a altura das ilhargas. É importante nesta fase deixar a altura da alpatilha ligeiramente mais alta, para que depois, em conjunto com as travessas das costas, se obtenha a forma um pouco arredondada nas costas. Para finalizar o interior da caixa de ressonância, limam-se e cortam-se todas as arestas das sanefas.
Nesta altura começa-se a construção das costas da guitarra. O processo é idêntico ao do tampo. As costas são duas placas de madeira de Mogno (geralmente da mesma madeira que as ilhargas), com um embutido de Pau Santo na junção das duas placas.
Nesta altura começa-se a construção das costas da guitarra. O processo é idêntico ao do tampo. As costas são duas placas de madeira de Mogno (geralmente da mesma madeira que as ilhargas), com um embutido de Pau Santo na junção das duas placas.
Na parte que fica dentro da caixa de ressonância encontra-se o malhete, que é uma tira que reforça a junção entre as duas placas que formam as costas. Em seguida risca-se a forma da caixa na placa de madeira para se cortar no Tico-Tico Manual. Em seguida lixam-se as costas e acerta-se a espessura da madeira cerca de 2,5 mm.
Em seguida constroem-se as travessas das costas que são três barras de madeira, geralmente Chopo Americano ou Casquinha, porque são madeiras leves e assim reduz-se o peso do instrumento. Para as travessas das costas encaixarem na caixa de ressonância é necessário cortar um pouco das sanefas de forma a que as travessas encaixem na zona do corte. Nas costas também se tem que cortar o malhete nos locais exactos onde passam as travessas.
Em seguida colam-se as costas na caixa de ressonância. Para fixar as costas durante a colagem utilizam-se cordas em torno da caixa de ressonância reforçadas com cunhas de madeira. Depois de seco, é altura de aparar a madeira em excesso do tampo e das costas.
Em seguida constroem-se as travessas das costas que são três barras de madeira, geralmente Chopo Americano ou Casquinha, porque são madeiras leves e assim reduz-se o peso do instrumento. Para as travessas das costas encaixarem na caixa de ressonância é necessário cortar um pouco das sanefas de forma a que as travessas encaixem na zona do corte. Nas costas também se tem que cortar o malhete nos locais exactos onde passam as travessas.
Em seguida colam-se as costas na caixa de ressonância. Para fixar as costas durante a colagem utilizam-se cordas em torno da caixa de ressonância reforçadas com cunhas de madeira. Depois de seco, é altura de aparar a madeira em excesso do tampo e das costas.
Com uma serra eléctrica abre-se uma ranhura no tampo onde vai encaixar o embutido. Este é constituído por três finas folhas de madeira dupla (pretas e brancas);é utilizada cola de madeira e um martelo para martelar suavemente as folhas de madeira de forma a estas entrarem à pressão nas ranhuras abertas no tampo.
A escala é uma placa de madeira, geralmente Pau Preto, que é cortada e ajustada ao braço. Antes de se colar a escala no braço, este tem que ser "desempenado" para acentar de uma forma perfeita e acertar a parte final da escala com a boca da guitarra. Só então se cola a escala com cola de madeira e utilizam-se cordas e cunhas para reforçar o contacto da escala com o braço durante a secagem.
Agora é altura de "fazer o braço e a alpatilha". Esta fase consiste em esculpir na madeira a forma circular na parte traseira do braço e acertar a sua espessura assim como a forma da alpatilha (da parte que fica de fora da caixa de ressonância - quilha). Depois de se ter dado a forma ao braço, este tem que ser lixado para eliminar rugosidades que possam ter ficado; a cabeça também é lixada e os buracos onde se vão encaixar os carrilhões são limados.
A escala terá que ser desempenada, mas terá que ficar com uma ligeira curva que depois se endireita quando se colocarem os trastos devido à pressão que estes exercem sobre a escala. Com uma régua marca-se o local exacto dos trastos. A colocação dos trastos tem que obedecer à Regra dos Dezoito . Depois de marcada a localização dos trastos, afundam-se as ranhuras utilizando uma pequena serra manual. Para facilitar os movimentos da serra e obter umas ranhuras mais perfeitas unta-se a lâmina com sabão, e depois com uma lixa de água lixa-se a escala.
Os trastos são provenientes de um longo fio de metal em forma de "T" que são encaixados à pressão nas ranhuras abertas na escala. Para isso utiliza-se um martelo. Depois de colocados os trastos, são cortados e limados para evitar ranhuras indesejáveis. Os trastos são comprados na Alemanha e existem várias medidas para diversos instrumentos.
Em seguida abrem-se uns orifícios na parte lateral superior da escala com um furador para se colocar os pontos, no 3º, 5º, 7º, 10º e 12º espaços. Estes pontos são feitos de pau acrílico que é introduzido com um martelo à pressão no orifício. Depois são cortados e lixados de forma a ficar com a mesma altura da madeira da escala.
Em seguida coloca-se o pente ou pestana que geralmente é feito de acrílico, marfim ou osso. É cortado, lixado e colado no inicio da escala. É necessário abrir seis ranhuras de diferentes larguras, onde vão passar as respectivas cordas.
O verniz aplicado nas madeiras da guitarra é muito importante pois influencia de uma forma determinante a sonoridade da guitarra - quanto mais fino for o verniz aplicado nas madeiras melhor será a sonoridade do instrumento.
Há dois processos de envernizamento : o processo manual ou artesanal e o processo industrial. O processo manual ou artesanal é o processo mais caro. Segundo este principio, aplicam-se três camadas de Verniz Celuloso, três camadas de Verniz Boneca Francês e no final Goma Laca. Com este processo obtém-se um envernizamento mais fino. O processo industrial consiste em aplicar à pistola uma camada de tapa poros e uma camada de verniz.
Para terminar só falta colocar os cravelhames e as cordas.
Há dois processos de envernizamento : o processo manual ou artesanal e o processo industrial. O processo manual ou artesanal é o processo mais caro. Segundo este principio, aplicam-se três camadas de Verniz Celuloso, três camadas de Verniz Boneca Francês e no final Goma Laca. Com este processo obtém-se um envernizamento mais fino. O processo industrial consiste em aplicar à pistola uma camada de tapa poros e uma camada de verniz.
Para terminar só falta colocar os cravelhames e as cordas.
Espaçamento Entre Trastos e Compensação
O espaçamento entre os trastos da escala é um problema interessante que surge aquando da construção da guitarra. Os trastos dividem a escala em intervalos de meio tom temperado, que corresponde a uma razão com uma frequência de 1.05946 o que é muito perto da razão 18:17, o que nos introduz a Regra dos Dezoito. Esta Regra dos Dezoito diz que cada trasto deve estar colocado a 1/18 da distância restante (d) do ultimo trasto até à ponte. Assim, o espaçamento entre os trastos (x) vai diminuindo à medida que se vai percorrendo a escala em direcção à ponte.
A partir do momento em que a razão 18/17 atinge 1.05882 em vez de 1.05946 ( um erro de 0.07 %) cada meio tom vai ficar ligeiramente mais pequeno. Na altura em que se atinge o décimo segundo trasto a oitava vai estar 12 Cent (12/100 meios - tons) mais curta, que é perceptível ao ouvido humano. Então, para se obter uma melhor afinação, deve-se usar o número 17,817 em vez de 18, ou seja, cada trasto deve ser colocado a 0.05613 da distância restante àponte.
Cálculo do espaço entre os trastos :
X = d / 17.817
Em que :
X - espaço do trasto
d - Distância do último trasto à ponte
Deixo aqui uma mensagem sobre a história da Guitarra Clássica
A guitarra teve a sua origem, provavelmente, no Egipto acerca de 3000 anos atrás. Pensa-se que é um instrumento proveniente dos antigos Alaúdes e das Vihuelas. A guitarra espalhou -se rapidamente por vários países da Europa, mas foi na Espanha, em Andaluzia, que a guitarra atingiu grande popularidade e foi aqui também que se desenvolveu a arte de construir guitarras.
A guitarra ao longo dos tempos foi sofrendo várias alterações ao nível da forma e design. Foi António Torres Jurado o mais célebre Luthier de sempre, que se destacou com as suas inovações na arte de construir guitarras, e que mais tarde deu origem à Escola Espanhola de Luthiers por meados do fim do século XIX.
A guitarra ao longo dos tempos foi sofrendo várias alterações ao nível da forma e design. Foi António Torres Jurado o mais célebre Luthier de sempre, que se destacou com as suas inovações na arte de construir guitarras, e que mais tarde deu origem à Escola Espanhola de Luthiers por meados do fim do século XIX.
A guitarra torna-se, no século XX, um dos mais populares instrumentos musicais, sendo utilizada nos mais variados géneros musicais.
A guitarra, conhecida como viola ou violão na linguagem comum, é um cordofone de corda dedilhada. Possui um corpo largo e uma caixa de ressonância em forma de oito e no tampo encontra-se um orifício circular chamado a boca. A guitarra clássica tem seis cordas com a afinação Mi 1, Lá 1, Ré 2, Sol 2, Sí 2 e Mi 3, sendo o comprimento de corda mais usado de 65 cm. As cordas estendem-se ao longo da escala e do corpo e encontram-se "atadas" directamente na ponte.
As três cordas mais graves são feitas de nylon com fieira de cobre, as três mais agudas são feitas de nylon. Ao longo do braço estende-se a escala, esta encontra-se dividida por trastos metálicos que delimitam intervalos de meio-tom temperado.
A extensão da guitarra vai de Mi 1 a Si 4 e, na partitura, a música para guitarra é escrita uma oitava acima do som real do instrumento, o que permite o uso da clave de sol.
Constituição da Guitarra Clássica :
quarta-feira, 10 de março de 2010
Guitarra exótica ajudará a África
O luthier inglês Andy Manson construiu uma guitarra em forma de sereia. E por uma causa nobre.
O instrumento será leiloado no site Shop4thelot.com com o objetivo de arrecadar fundos para combater a fome na África. Harvest Help, uma organização de caridade, ficará com metade do valor conseguido pelo leilão.
Par ver mais fotos da Guitarra Clique aqui.
quinta-feira, 4 de março de 2010
Acabei de adicionar o blog no Blogblogs
Para conseguir mais visitantes e tornar o blog útil decidi divulga-lo no Blogblog. Para confirmar que este blog é meu tenho que escrever esta mensagem e colocar um código html aqui. Bom estudo!
BlogBlogs.Com.Br
BlogBlogs.Com.Br
Como escrever talaturas no Guitar Pro – parte 1
![[gp5.png]](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEig47_F01kPcnycNA_kiaD8MjZJJn_ZguvdgP-5l8hQxCkJGDtnmJdn2rg7SW2CHLbO2aDdcBuJOxmkf13ok429XnJNpw-6hTtQaXp_ZbM4hAcLD6wKt9kSiejVKfqLsjGgUP8mbqlwXRs/s1600/gp5.png)
O Guitar Pro (aqui falarei da versão 5) é sem sombra de dúvida o software de edição de tablaturas mais conhecido e usado pelos guitarristas. Muitas das transcrições que posto aqui no Riffs & Solos são feitas, editadas ou exportadas pelo Gp5 antes de aparecerem aqui.
Então farei uma série de posts com o objetivo de ensinar alguns recursos básicos do programa para que você também possa usá-lo para editar e transcrever suas músicas próprias ou favoritas. Vamos lá:
1 - Definindo um instrumento.
O Guitar Pro 5 tem um banco enorme de instrumentos para simulação. Alguns utilizam o banco RSE (real sound engine) para simular um timbre mais próximo do real e outros simplesmente utilizam MIDI. Basicamente, os instrumentos de corda (guitarra, violão, baixo) e percussão (kits de bateria) estão lá com esta opção. Para escolher seu instrumento, o programa mostrará a seguinte tela ao iniciar:
Tela de seleção de instrumento
Se, ao iniciar o programa esta tela não aparecer, clique na barra de instrumentos sob a tela principal. Por padrão, o Gp5 abre o Acoustic Guitar (Steel) e o que você precisa fazer é clicar sobre o nome do instrumento para que a tela acima apareça.
Clique no nome do instrumento para que a tela de seleção apareça.
Após ter feito isto, basta percorrer a lista de categorias (sopros, baixos, baterias, cordas, teclas) e selecionar um item à sua escolha. O teclado numérico também serve como atalho, então se você souber o número do instrumento que irá usar, poderá digitar o número dele assim que a janela aparecer (violão de aço é o número 25, enquanto a guitarra com overdrive é o número 29).
Alterando o valor da notas no Guitar Pro
Editar ou criar uma tablatura no Guitar Pro 5 não é difícil se você souber algumas regras, atalhos e ferramentas que o programa possui. Algumas informações não são exclusivas do programa, já que ele trabalha para reproduzir música e regras de teoria musical são também algumas de suas 'normas'. Então, se você é um guitarrista que sabe teoria musical e tem fluência na partitura, você já tem meio caminho andado para entender o funcionamento do software. Do mesmo modo, se você dominar as tablaturas e edições no Guitar Pro (com a notação padrão), a notação da teoria musical não será um desafio tão grande.
O principal trabalho na hora de editar uma tablatura, será o de dar às notas seus devidos valores de duração. Este valor será o principal fator para o sucesso na hora de transpor para o papel (ou tela) aquilo que está na ponta dos dedos. Então vamos ao conceito principal.
Os nomes das notas:
1 - semibreve, 1/2 - mínima, 1/4 - semínima, 1/8 - colcheia, 1/16 - semicolcheia, 1/32 - fusa, 1/64 - semifusa.
As notas por padrão aparecem na tela com o valor de semínima (1/4) e para alterar este valor para notas mais curtas ou mais longas utilizando as teclas + e -, sendo que a tecla + diminui o valor e a tecla - faz a nota soar por mais tempo.
Tablaturas no Guitar Pro: Parte 2 – Inserindo notas
Outra opção é exibir apenas as linhas que deseja usar (tablatura ou partitura) clicando no menu exibir e selecionando 'esconder notação standard' ou 'esconder tablatura', como mostra a figura abaixo:
Bem simples, não?
Ok. Agora que você já consegue escolher o que vai ver na sua tela, vamos começar com um conceito simples: os números de 0 a 9 definem as notas em uma tablatura. Cada linha na tela representa uma corda da guitarra, a partir da 1ª 'mi' (E) aguda até a 6ª 'mi' grave, seguindo esta ordem:
E - B - G - D - A - E
Segundo esta regra, se você digitar '3' na primeira linha de cima, estará digitando a nota Sol (G) na primeira corda da guitarra. O número representa a casa onde a nota será digitada no braço do instrumento e a linha indica a corda que será tocada. Você pode mudar de corda usando as setas do teclado. Para digitar as notas do acorde Dó maior (C) em sequencia, como num dedilhado, digite os números nesta ordem: '0' na última corda, '3' na quinta, '2' na quarta, '0' na terceira, '1' na segunda corda e '0' na primeira. O desenho formado será o seguinte:
Essas notas estão em sequencia...
Notas em posições subsequentes, não importando em qual corda estejam, são tocadas uma após a outra, e não importa quantas notas estejam numa mesma linha, o que determina quem vem antes é a posição que ela ocupa em relação às demais. Para tocar notas juntas, como num acorde ou power chord, escreva-as uma sobre as outras nas cordas (lembrando que é impossível tocar mais de uma nota por casa...).
... E essas estão em um acorde.
Aqui temos um Dó maior tocado como num acorde. Como você pode ver, notas sobrepostas são tocadas juntas. Todas têm o mesmo valor. Ah, e caso queiram saber como, você pode usar qualquer tecla numérica para inserir notas na partitura. Até mais! O próximo post será sobre como alterar a duração das notas no Guitar Pro 5.
Software guido 1.03
O pacote "Guido" permite o estudo de intervalos, tríades, tétrades, modos e notas individuais, suportando um grande número de opções de configuração.

A nova versão 1.03 tem as seguintes funcionalidades:
Modo "Estudo", no qual o usuário pode ouvir os intervalos, modos ou acordes selecionados para o Teste;
Quaisquer combinações configuráveis de exercícios;
Modo de "teste seletivo", no qual o usuário pode estudar um único intervalo, modo, acorde ou altura absoluta, em comparação com os outros;
Indicação "on line" de acertos/erros;
O computador "aprende" os erros do usuário, insistindo nos intervalos, modos ou acordes que apresentaram maior dificuldade.
Pass: gclassroom.hostoi.com
A nova versão 1.03 tem as seguintes funcionalidades:
Pass: gclassroom.hostoi.com
quarta-feira, 3 de março de 2010
Software guido 1.03
O pacote "Guido" permite o estudo de intervalos, tríades, tétrades, modos e notas individuais, suportando um grande número de opções de configuração.

A nova versão 1.03 tem as seguintes funcionalidades:

A nova versão 1.03 tem as seguintes funcionalidades:
- Modo "Estudo", no qual o usuário pode ouvir os intervalos, modos ou acordes selecionados para o Teste;
- Quaisquer combinações configuráveis de exercícios;
- Modo de "teste seletivo", no qual o usuário pode estudar um único intervalo, modo, acorde ou altura absoluta, em comparação com os outros;
- Indicação "on line" de acertos/erros;
- O computador "aprende" os erros do usuário, insistindo nos intervalos, modos ou acordes que apresentaram maior dificuldade.
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